terça-feira, maio 03, 2005

Interessante....

Aoccdrnig to a rscheearch at an Elingsh uinervtisy, it deosn't mttaer waht oredr the ltteers in a wrod are, the olny iprmoetnt tihng is taht frist and lsat ltteer is at the rghit pclae. The rset can be a toatl mses and you can sitll raed it wouthit porbelm. Tihs is bcuseae we do not raed ervey lteter by it slef but the wrod as a wlohe.

segunda-feira, maio 02, 2005

A tão preciosa água!

Hoje em dia só se tem falado de seca e mais seca, de falta de agua, de como poupar agua... E eu, como uma cidadã consciente do meu dever cívico, sinto-me na obrigaçao de vos elucidar quão preciosa é a agua.
Para isso aqui fica um poema, um clássico da literatura portuguesa " A Água", de Manuel Maria Barbosa du Bocage, mais conhecido apenas como Bocage (já devem ter ouvido falar dele nas vossas aulas de português do liceu). Ora cá vai...

"A Água"

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho.

Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche
e lava a boca depois de um broche.